quarta-feira, 24 de março de 2010

Participantes do CBJA repudiam proposta que descaracteriza ZSEE de Mato Grosso

NOTA DE REPÚDIO E COBRANÇA POPULAR

Nós, membros da Rede Brasileira de Jornalismo Ambiental e participantes do 3º Congresso Brasileiro de Jornalismo Ambiental, reunidos em Cuiabá de 18 a 20 março, REPUDIAMOS:

1 – A forma de condução atual da proposta do Zoneamento Socioeconômico e Ecológico (ZSEE) de Mato Grosso na Assembleia Legislativa do Estado pelos deputados estaduais e membros da Comissão Especial, com a inclusão repentina do substitutivo integral número 2 assinado pelas lideranças partidárias. Se aprovada, tal proposta, trará perda irreparável sob todas as abordagens para as áreas de interesse ambiental de Mato Grosso, como a Amazônia, o Cerrado e o Pantanal, além de desconsiderar a importância das populações tradicionais, indígenas e produtores familiares.

2 – O debate que se estabeleceu na apreciação do Código Florestal no Congresso Nacional, ao se va lorizar apenas o interesse exploratório para favorecer o setor econômico que defende, a qualquer custo, a exportação de matérias-primas ou commodities agrícolas, minerais e extrativistas, particularmente da Amazônia e do Cerrado.

Diante de tal conjuntura, SUGERIMOS:

1 – Transparência que exige a representação parlamentar perante à opinião pública para acatar, no trâmite do Zoneamento, os debates de 15 audiências públicas realizadas em 2009 e os 20 anos de estudos do tema.

2 – Manter em discussão e apreciação o substitutivo integral número 1, resultado que respeita o trabalho técnico de 20 anos e as contribuições da sociedade colhidas nos últimos anos.

3 – A cobrança popular aos parlamentares de Mato Grosso e do Brasil diante da aprovação do substitutivo 2 do Zoneamento e do Código Florestal com mudanças guiadas só pelo interesse eleitoral e mercadológico.

Cuiabá, 20 de março de 2010

sexta-feira, 12 de março de 2010

Congresso Brasileiro de Jornalismo Ambiental: Inscrições pela internet terminam dia 15

Ainda dá tempo de se inscrever para o 3º Congresso Brasileiro de Jornalismo Ambiental (CBJA) pela internet. O prazo vai até o dia 15 de março, segunda-feira. Após esta data as inscrições só poderão ser realizadas no local do Congresso, no Centro de Eventos do Pantanal, em Cuiabá, nos dias 18 e 19 em horário comercial.

Ao fazer a inscrição pela internet, o congressista tem como escolher até duas oficinas entre as quatro ofertadas: Jornalismo Ambiental e Agrobusiness, Comunicação Ambiental; Mudanças climáticas: a cobertura de um tema complexo e As novas pautas da sustentabilidade. No entanto, as vagas para as oficinas são limitadas e a garantia da inscrição é o comprovante de depósito que dever ser enviado por email ou fax, conforme instruções no site.

Os estudantes que optarem em fazer a inscrição no local do evento não podem se esquecer de levar comprovantes de que estão estudando. Sem essa comprovação não será possível pagar o valor especial para estudantes, que é de 60 reais e vale para acadêmicos, pós-graduandos, mestrandos e doutorandos.

Clique aqui para fazer sua inscrição

Outras informações

No Centro de Eventos do Pantanal haverá um restaurante a disposição dos congressistas, para não haver a necessidade de deslocamentos entre as mesas-redondas. É possível ir de ônibus para o Congresso Brasileiro de Jornalismo Ambiental. Os ônibus da linha 604 (Jardim Gramado) passa em frente a maioria dos hotéis selecionados para o Congresso.

quarta-feira, 10 de março de 2010

Senadora Marina Silva confirma presença no Congresso

Assessoria CBJA - A Senadora Marina Silva confirmou hoje a participação como conferencista no 3º Congresso Brasileiro de Jornalismo Ambiental. Ela estará presente na tarde do segundo dia do evento, em uma conferência extra, junto com o ambientalista Sérgio Guimarães, de Mato Grosso.


Convidada para a conferência de abertura, a senadora só conseguiu abrir sua agenda para o segundo dia do congresso, quando vai discutir o tema central do evento: até onde vai o desenvolvimento que não considera os limites dos ecossistemas? A palestra está marcada para as 16h do dia 19 de março, e a mesa será dividida com o ambientalista de Mato Grosso Sérgio Guimarães, coordenador de Políticas Públicas do Instituto Centro de Vida. Antes da palestra, haverá uma coletiva de imprensa com a senadora.

O 3º Congresso Brasileiro de Jornalismo Ambiental acontece entre os 18 e 20 de março, em Cuiabá, no Centro de Eventos do Pantanal. Entre os objetivos do evento estão a contribuição para o debate sobre desenvolvimento e meio ambiente, qualificação profissional na construção de pautas sobre a temática ambiental, apuração de informações e produção de conteúdos jornalísticos.

Esta terceira edição é organizada pelo o Núcleo de Ecomunicadores dos Matos (NEM), organização não governamental criada em 2005 por jornalistas de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, e pela Rede Brasileira de Jornalismo Ambiental.

Para se inscrever no 3º Congresso Brasileiro de Jornalismo Ambiental,clique aqui

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domingo, 7 de março de 2010

Trabalhos científicos serão apresentados em quatro sessões

Assessoria CBJA - Os trabalhos aprovados na Mostra Científica do 3º Congresso Brasileiro de Jornalismo Ambiental serão apresentados em quatro sessões consecutivas no dia 18 de março. Apenas dois, dos congressistas que tiverem trabalhos aprovados, não poderão comparecer para a apresentação oral. As quatro sessões serão coordenadas por uma dupla de professores que analisaram os trabalhos, seguidas de discussões entre os participantes.

Esta é a segunda edição da mostra científica que ocorre no Congresso Brasileiro de Jornalismo Ambiental. A primeira edição aconteceu em Porto Alegre, em 2007. Esta edição conta com a participação de oito pareceristas ad hoc, todos mestre e doutores, membros da Rede Brasileira de Jornalismo Ambiental, bem como o apoio da Capes e do Grupo de Pesquisa em Jornalismo Ambiental do Programa de Pós-Graduação em Comunicação e Informação da Universidade Federal do Rio Grande do Sul.

Para conhecer os trabalhos aprovados clique aqui.

Para se inscrever no 3º Congresso Brasileiro de Jornalismo Ambiental, acesse: www.cbja2010.org.br

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quinta-feira, 4 de março de 2010

Oficina aborda mudanças climáticas no CBJA

Assessoria CBJA - Desde que vivou assunto popular na mídia, o tema das mudanças climáticas trouxe junto com as manchetes alarmantes uma enxurrada de termos técnico-científicos, além de uma infinidade de siglas. Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL), CO² equivalente, Pós-Kyoto, Redd, GEE e por aí vai. Como um jornalista deve se preparar para lidar com esse universo temático? Este é o tema da oficina Mudanças climáticas: a cobertura de um tema complexo, ministrada pelo jornalista José Alberto Gonçalves.

Muito além de um manual para decorar siglas e fórmulas, a oficina vai abordar dúvidas que têm sido comuns entre jornalistas, e mesmo em públicos mais especializados. Qual a relação entre Rio-92, Kyoto, Bali e Copenhague? Que papel hoje é desempenhado pelas economias emergentes nas negociações climáticas? Qual a influência das negociações na transição para uma economia de baixo carbono? Como lidar com a incerteza científica na produção de reportagens sobre o tema climático?

São algumas dúvidas que mostram quão complexa é a discussão sobre mudanças climáticas. Cabe ao profissional de comunicação traduzir tal complexidade para diferentes públicos em uma maneira clara e contextualizada, que relacione grandes e complicados temas com o cotidiano.

Mais que um agregador de opiniões e dados em um texto, post ou transmissão eletrônica, o jornalista é um mediador social. Como tal, o profissional de comunicação precisa dominar conceitos básicos em mudanças climáticas e relacioná-la com o contexto político, econômico, social e ambiental mais amplo. Só assim é possível ajudar o leitor, ouvinte ou telespectador a entender como tal ou qual fato, dado, descoberta e opinião influenciam mudanças econômicas, políticas, sociais, ambientais e na sua vida.

A oficina será ministrada pelo jornalista José Alberto Gonçalves, bacharel em Comunicação Social e História pela Universidade de São Paulo, onde também obteve o título de mestre em Ciências da Comunicação. Atua como repórter freelance para publicações especializadas em meio ambiente e sustentabilidade como Terra da Gente e Página 22 e veículos da grande imprensa, como a revista Exame. Foi repórter de economia e agronegócio na Folha de S.Paulo e na Gazeta Mercantil. Cobriu as conferências sobre biodiversidade em Curitiba (2006). de mudanças climáticas em Bali (2007) e também esteve em Copenhague no ano passado.

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segunda-feira, 1 de março de 2010

Congresso de Jornalismo Ambiental discute projetos de integração da América do Sul

Assessoria CBJA - A Iniciativa para a Integração da Infraestrutura Regional Sul-Americana (IIRSA) será um dos principais focos de discussões do 3º Congresso Brasileiro de Jornalismo Ambiental, em Cuiabá (MT). Na manhã do dia 19 de março, duas mesas redondas vão discutir o tema em torno de três questões centrais: o Brasil precisa dessas obra? Quem será beneficiado, quem sairá prejudicado?

Representantes de diversos segmentos envolvidos na questão vão participar dos debates. Na primeira mesa, o jornalista do Blog da Amazônia, no portal Terra, Altino Machado, irá moderar o debate entre o representante do Ministério do Desenvolvimento, Eduardo Rodrigues e o diretor executivo da Ong Ecoa, Alcides Faria. Na segunda mesa, o o jornalista e pesquisador do Instituto Brasileiro de Análises Sociais e Econômicas (Ibase), Carlos Tautz, coordenará a discussão entre o o jornalista uruguaio Victor Bacchetta, autor de “A Fraude da Celulose”, a pesquisadora da Associação de Defesa Etnoambiental (Kaninde), Telma Monteiro e o pesquisador e educador da Ong Fase Amazônia, Guilherme Carvalho.

IIRSA – Pouco conhecida para a maioria da população sul-americana, a Iniciativa de Integração da Infraestrutura Regional Sul-americana (IIRSA) é um processo multisetorial que pretende desenvolver e integrar as áreas de transporte, energia e telecomunicações da América do Sul, em dez anos. Lançado em 2000, durante a Reunião dos Presidentes da América do Sul, as obras chaves da IIRSA são de grande proporção física e podem causar sérios impactos sociais e ambientais, como o Complexo Hidrelétrico do Rio Madeira (Amazônia) e do Complexo Hidrelétrico Garabi (rio Uruguai, fronteira do Brasil com Argentina).

Doze países fazem parte da iniciativa e sua base de planejamento têm dez eixos de integração da América do Sul que abrangem faixas geográficas de vários países que concentram ou possuem potencial para desenvolver bons fluxos comerciais. A ideia é formar cadeias produtivas e assim estimular o "desenvolvimento regional". A coordenação operacional da IIRSA está a cargo da Corporación Andina de Fomento (CAF), do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e do Fundo Financeiro para o Desenvolvimento da Bacia do Prata (Fonplata). Envolve doze países.

Para o jornalista Altino Machado é importante que o IIRSA esteja em debate no Congresso Brasileiro de Jornalismo Ambiental porque os empreendimentos de integração da América do Sul já estão causando sérios impactos. “São obras de grande magnitude que estão fora do foco da mídia e longe dos centros das cidades. Elas são realizadas onde há rios, biodiversidade e populações muito vulneráveis”, diz.

Machado mora no Acre, um dos Estados por onde passa a Rodovia Interoceânica, obra do IIRSA que liga regiões brasileiras produtoras de grãos e gado aos portos peruanos. “Aqui não vemos um fluxo de turistas atraídos pela estrada, mas um acréscimo das apreensões de drogas na fronteira. Em Rio Branco e nas cidades que estão próximas da Interoceânica há jovens que vendem pasta base. No Peru, em Madre de Dios, região de exploração de ouro, os garimpos trazem impactos para uma região muito sensível da floresta amazônica, além de problemas como prostituição e trabalho infantil nos locais de mineração”, afirma.

Segundo o jornalista, os debates no Congresso serão uma oportunidade para que os comunicadores possam levar as discussões sobre a IIRSA para a sociedade “que segue indiferente ao assunto porque não dispõe de informações e não tem forças para se contrapor às iniciativas da IIRSA, que atingem, não só ao meio ambiente, mas também a juventude e os indígenas nas regiões por onde passa”, afirma.